sexta-feira, 19 de março de 2010

Intervenção de fala e linguagem nas Síndromes de Down

COMEÇANDO: INTERVENÇÃO DE FALA E LINGUAGEM
PARA CRIANÇAS COM SD

Libby Kumin. PH.D


Crianças pequenas com SD estão prontas para falar, mas não podem usar sua fala ainda. Assim, elas se comunicam inicialmente chorando, rindo e sorrindo. É um longo percurso do chora à fala, e existem muitas habilidades a serem aprimoradas. Apesar de alguns programas de intervenção precoce incluírem o trabalho de fala e linguagem, outros não os incluem até uma idade específica (1,2 ou 3 anos) ou até que a criança esteja falando. Existem habilidades de desenvolvimento da comunicação, sensorial e motor que contribuem para a prontidão para fala e linguagem, e que podem ser trabalhadas nos programas de intervenção precoce.
O sistema mais amplo para interação entre pessoas é a comunicação. Quando pensamos em adultos comunicando-se uns com os outros, geralmente pensamos em fala. Mas adultos também usam gestos, expressões faciais, posturas corporais, e emoções em suas vozes. De fato, pesquisadores verificaram que na maior parte das interações diárias, o não-verbal (como caretas e sorrisos) e o vocal (como a raiva na voz) carregam o significado da mensagem mais do que as próprias palavras.
Comunicação é holística. Ela inclui não apenas o que é dito, mas também como é dito. Comunicação inclui o quão perto fico de você, se encolho meus ombros, se pareço confiante ou desconfiado, como soa minha voz, se estou sorrindo ou fazendo caretas. Comunicação pode ser não-intencional ou planejada e intencional. Em um dia que você esteja começando a ficar gripado, você poderá comunicar não-intencionalmente que não se sente bem através de sua conduta. Em uma entrevista profissional, ou em um evento social, as pessoas se comunicam intencionalmente. Elas pensam nas mensagens que querem enviar, e intencionalmente planejam a roupa, sapatos, penteado, acessórios, a fala (formal ou informal) e apresentação para enviar esta mensagem.
A linguagem é menos holística, e mais específica que a comunicação. Linguagem é um sistema estruturado de símbolos que cataloga objetos, relações e eventos dentro de uma cultura. É um código compartilhado que é entendido pelos membros de uma comunidade lingüística e aprendido pelas crianças desta comunidade. Crianças aprendem linguagem através da interação social, e nós precisamos aprender linguagem, porque é um código arbitrário. Porque chamamos mesa de mesa e escrivaninha de escrivaninha? Não há um significado de mesa intrínseco à mesa. Nós a chamamos de mesa porque foi como nos ensinaram e porque todos na nossa comunidade lingüística entendem o que queremos dizer quando falamos “mesa”. Americanos usam a palavra “pen”, enquanto brasileiro usam a palavra “caneta’. Palavras como “sanduíche” e nomes de cores como “verde” são símbolos arbitrários. Por eles representarem um objeto específico ou uma cor específica, precisamos usar estas palavras para sermos entendidos. Linguagem inclui vários tipos de sistemas estruturados, como fala, gestos, sinais, figuras, símbolos computadorizados, escrita.
Fala é linguagem verbal. Fala é o processo de produção da voz e sons (fonemas), combinados em palavras para comunicar.Falar é uma função secundária das mesmas estruturas usadas para respirar, engolir, alimentar-se. Fala envolve força, coordenação e ritmo de movimentos musculares precisos. É o sistema de comunicação mais complexo, neurológica e fisiologicamente.
Quando comparamos fala, linguagem e comunicação, a fala é de longe a mais difícil para crianças com SD. Elas entendem muito bem os conceitos de comunicação e linguagem, e têm o desejo de comunicar-se desde pequenas. A maioria das crianças com SD são capazes de se comunicar e usar linguagem, vários meses antes de estarem aptos a usarem a fala. A maioria das crianças com SD vai progredir até usar a fala como seu principal sistema de comunicação. A base para comunicação é o desejo e a habilidade de comunicar e de interagir com outras pessoas. Crianças com SD demonstram o desejo e a capacidade de se comunicarem bem cedo, e existem muitas habilidades que podem aprender precocemente para prepará-las para a fala:

INTENÇÃO COMUNICATIVA: é a consciência e compreensão de que você pode influenciar seu ambiente e atingir resultados através da comunicação, p.ex., se você chora, alguém virá te ajudar, se você produz sons, vai atrair a atenção daqueles que estiverem ao seu redor. É a habilidade básica individual mais importante para a futura fala e linguagem. O principal modo de ajudar a criança a desenvolver a intenção comunicativa é sendo responsivo. Interpretar os comportamentos da criança como comunicativos. Se a criança chuta com seu pé, pressuponha que seja comunicação e responda brincando com seus dedos do pé, ou coloque um balão perto de seu pé para que possa chutar. Se a criança aponta para uma bola, dê-lhe a bola e nomeie-a com “bola”.Interprete olhares, movimentos, sons e sinalizações como sendo o desejo da criança de se comunicar com você e mostre a ela com seus atos, não apenas que sua comunicação foi recebida, mas que ela também produz resultados. Isto é muito poderoso - é por isso que todos nós comunicamos.

ALTERNÂNCIA DE PAPÉIS: toda comunicação de duplo sentido (Mão dupla) depende de turnos: do fato de que existe um falante e um ouvinte e eles vão inverter papéis. A maneira de favorecer o desenvolvimento desta habilidade é criar e modelar oportunidades de comunicação em turnos. Quando o bebê produz sons, imitar seus sons. Podem ser gritos ou sons de alegria, ou qualquer outro, e provavelmente não serão sons de fala reconhecíveis ou palavras, até mais tarde. Então espere e dê ao seu bebê tempo para a sua vez, ou seja, para produzir mais sons. Se ele dá uma batidinha em sua cadeira alta ou no berço, você bate também e dá a ele a vez de bater de novo.Com crianças de 1-2 anos de idade, você pode tocar um xilofone e então dar a baqueta à criança para que toque, por sua vez.
Você pode tocar um sino ou sacudir um chocalho. Você pode rolar uma bola entre vocês.Várias brincadeiras infantis (como cobrir o rosto com um pano e tirar falando “Achou!”) levam à alternância de turnos comunicativos (Kumin, 1994). Com crianças mais velhas, você pode fazer bolhas de sabão ou jogar jogos de baralho ou tabuleiro, onde cada um tem sua vez de jogar. É indicado definir os turnos: a vez do bebê, a vez da mamãe, a vez do papai. Vá aos poucos, até que a criança possa tomar sua vez, independentemente.

REQUISITANDO/PROTESTANDO: a qualquer momento, um bebê pode ter diferentes razões para se comunicar. A razão mais comum é para pedir algo. Ele pode estar chorando para requisitar ou para recusar sua mamadeira, ou estender seus braços para você porque quer que você continue fazendo caretas engraçadas.Ele pode esticar seus braços para ser tirado do berço, ou pode emitir sons de satisfação quando estiver seco e aquecido após tomar sua mamadeira e ter suas fraldas trocadas.
Como um bebê protesta? Ele chora ou flexiona o corpo e tenta afastar algo? Por que ele protesta? Ele prefere calor, e afasta coisas frias? Ele protesta na hora do banho? Uma das coisas que estamos procurando saber é se certas massagens corporais são desconfortáveis. É possível que ele esteja tendo dificuldades em processar alguns tipos de sensações, e isto pode ser trabalhado através da terapia de integração sensorial. Protestar capacita, dá poderes à criança. Responder aos protestos do bebê ajuda a promover a intenção comunicativa.

COMUNICAÇÃO SOCIAL: crianças com SD são socialmente responsivas (Roizen, 2001). A maior parte das primeiras tentativas de comunicação são não-verbais e interativas; são expressões faciais, sorrisos, movimentos corporais como apontar, sons como gorjeio, risos, choro, resmungos. Comunicação social primária geralmente consiste em gestos e movimentos corporais que são usados para interagir com os outros. Acenar oi e tchau, jogar beijos, e sacudir a cabeça para sim e não, são exemplos de comunicação social. O aspecto motivador nestas tentativas de comunicação, é que elas são facilmente entendidas pela maioria das pessoas. Assim, quando a criança acena um tchau, consegue uma entusiástica resposta de todos que a cercam.

HABILIDADES PRÉ-REQUISITADAS PARA A LINGUAGEM: são as habilidades visuais, auditivas, táteis, motoras, cognitivas e o conhecimento referencial. De acordo com pesquisas, existe uma hierarquia organizada dos níveis de integração sensorial. A criança progride das habilidades táteis para as visuais, então para as auditivas, e só então está pronta para dominar as habilidades cognitivas e de linguagem (Ayres, 1980).
Habilidades táteis, visuais e auditivas nos ajudam no caminho para fala e linguagem (Ayres e Mailloux, 1981). Elas nos auxiliam a aprender sons e palavras, nos habilitam a estabelecer feedbacks entre os olhos ouvidos, boca, lábios, língua, maxilares e o cérebro. Uma vez estabelecidas estas relações, podemos perceber se os fonemas e palavras soam e parecem certos para nós.

HABILIDADES DE ATENÇÃO: atenção significa ser capaz de focar-se em uma pessoa, objeto, ou evento. Em bebês, observamos esta habilidade quando ele fica atento ao rosto de seus pais e escuta atentamente os sons de seu ambiente (Kumin, 1994).

HABILIDADES VISUAIS: as habilidades visuais sobre as quais a linguagem se constrói são a recepção visual, contato ocular, olhar recíproco, atenção visual, localização visual e referente ocular (olhar referencial) (Kumin, 1994).
Recepção Visual: é a habilidade de usar o sentido da visão, ou seja, uma combinação do que se vê e a habilidade de entender o que se vê. Médicos recomendam exames de visão precoces para investigar problemas (Cohen et al., 1999, Roizen et al., 1992).
Olhar Recíproco: é o contato ocular, eu olho para você e você olha para mim. Devido ao baixo tônus muscular e dificuldades visuais, pode ser necessário proporcionar maior sustentação para a cabeça e pescoço e para compensar eventuais problemas visuais. Crianças com SD aprendem bem o contato ocular, que é base para aquisição de fala e linguagem pela observação e o olhar, bem como no contato ocular durante as futuras conversações.
Atenção Visual: para aprender conceitos de linguagem, a criança precisa ser capaz de prestar atenção visualmente a um objeto, a olhar para ele por um longo período de tempo. Assim, uma vez que a criança consiga olhar para você, olhar para um objeto, e seguir um objeto em movimento, é importante mantê-lo olhando e prolongar o tempo do olhar.
Localização Visual: ou acompanhamento visual. Capacidade de acompanhar visualmente objetos em movimento e localizá-los com o olhar. Ajuda a criança a aprender sobre o mundo que a cerca.
Referente Ocular: significa que o bebê foca um objeto. No começo, o bebê vai simplesmente olhar para o objeto. Reagindo a este olhar, você pode então nomear o objeto. Na segunda fase, olhar compartilhado, o bebê segue a linha do olhar da outra pessoa, e presta atenção naquilo que a outra pessoa está olhando. O olhar referencial é a base para aprender os nomes dos objetos. Quando uma criança pode olhar para um objeto, pode explorar um objeto, e domina a permanência do objeto, ela está pronta para aprender a palavra relacionada àquele objeto.

HABILIDADES AUDITIVAS
As habilidades auditivas que são pré-requisitos para a linguagem são:
Recepção Auditiva: crianças com SD têm maior risco de perdas auditivas. São essenciais os controles pediátrico e audiológico periódicos e tratar todo problema auditivo que surgir(Cohen et al., 1999, Roizen et al., 1994, Shott,2000). Alguns tipos de testes podem ser feitos durante a primeira semana de vida do bebê. Otite média serosa, inflamação da orelha média com fluido atrás do tímpano, é o problema mais freqüente, que interfere na transmissão dos sons, e o resultado é uma perda auditiva condutiva flutuante. É difícil para uma criança aprender a ouvir e discriminar os sons quando ela às vezes ouve, às vezes não (Roberts e Medley,1995).
Atenção Auditiva e Aumento do Tempo de Atenção: quando é confirmado que a criança é capaz de ouvir sons ambientais e de fala, a prática de discriminar e atentar ao sons pode começar. Músicas ou fitas gravadas com sons familiares, brinquedos sonoros, e jogos manuais com movimentos manuais ajudam. O objetivo é estender o tempo de atenção da criança aos sons.
Localização Sonora: capacidade de localizar, de se virar para uma fonte sonora. Esta habilidade pode ser ensinada, desde que a criança tenha uma audição adequada. Uma boa técnica para ajudar uma criança a localizar sons, é sentar em uma cadeira giratória. Alguém toca um sino, ou toca uma música, fora do campo de visão da criança. Diga: “Você ouviu este sino?”. Gire então a cadeira e olhe diretamente para a fonte do som: “Ali está o sino.”A pessoa toca o sino outra vez, agora deixando que a criança o veja, para reforçar a conexão entre o sino e o som. Pratique localização sonora por curtos períodos, várias vezes ao dia (Kumin,1994).
Integração Auditiva: é a habilidade de organizar e interpretar estímulos auditivos que incluem sons, fonemas, fala e música. Algumas crianças com SD têm dificuldade na integração auditiva, outras não. A dificuldade pode ser observada em uma variedade de situações incluindo dificuldade em tolerar sons altos, dificuldade em focalizar em mais de um falante ao mesmo tempo, e dificuldade em ouvir uma conversação quando há ruído ambiental.

HABILIDADES TÁTEIS: o sentido do tato é muito importante para as crianças. Não só as auxilia a estabelecer contatos com pessoas e objetos, como também proporciona um meio de explorar seu mundo. Ao explorar, a criança estabelece laços de feedback que a ajudam a integrar informações sobre os objetos que toca. Crianças pequenas apreciam explorar texturas, e podem ser bastante sensíveis ao toque e podem não querer tocar ou ser tocadas (conhecido como defesa tátil). Habilidades táteis podem ser trabalhadas precocemente através de terapias de integração sensorial(Ayres, 1984).

HABILIDADES DE IMITAÇÃO E HABILIDADES MOTORAS: existem muitas oportunidades para ensinar e praticar imitação, que é uma habilidade básica para aprendizagem da produção de sons e palavras. A prática deve iniciar com imitação motora e evoluir para imitação corporal, imitação oro-motora e imitação de sons de fala.

HABILIDADES COGNITIVAS: para o desenvolvimento da linguagem, são importantes:
Permanência do Objeto: é a conscientização de que um objeto ainda existe mesmo que não possa ser visto.Sabemos que uma criança tem a noção de permanência do objeto quando ela procura por um brinquedo escondido ou quando joga um brinquedo e depois procura por ele. Este é um precursor importante do nomear com fala ou sinais, pois sem a noção de objeto permanente, nomear objetos fica sem sentido.
Causa e Efeito: é aprender que cada ação tem um resultado ou conseqüência. Crianças que estão aprendendo sobre causa e efeito gostam muito dos interruptores para acender e apagar luzes e ver o resultado instantâneo. Esta habilidade está intimamente relacionada à atenção comunicativa (Kumin, 1994).
Planejamento: é a compreensão de que um plano de ação é necessário para se atingir um objetivo. P.ex: se uma cadeira está na frente da TV, é preciso empurrar a cadeira para ver a TV. Criar frases (uma habilidade de linguagem expressiva) e certas estratégias para comunicação estão baseadas nesta habilidade cognitiva.

HABILIDADES ORO-MOTORAS: a hipotonia é comum em crianças com SD. Muitas das dificuldades observadas na inteligibilidade de fala são devidas ao baixo tônus muscular e fraca musculatura de lábios, língua e palato. O objetivo é ajudar a criança a desenvolver a força muscular e o controle da mobilidade oral. Isto pode ser feito com estimulação e com imitação. Exercícios de sucção podem ser utilizados. Usar um espelho para proporcionar feedback visual é bastante produtivo.

HABILIDADE DE PLANEJAMENTO MOTOR: quando a criança pratica movimentos orais, e percebe como produz os movimentos, engramas são desenvolvidos mo cérebro, o que auxilia que os movimentos vão se tornando automáticos. Esta prática é indicada para todas as crianças com SD. Algumas delas têm dificuldade com o planejamento motor para fala, conhecida como dispraxia verbal, que só fica evidente mais tarde no desenvolvimento da criança.

HABILIDADE DE PRODUÇÃO DE SONS: o primeiro som que o bebê geralmente produz é o choro. À medida que se desenvolve, ele amplia a variedade de sons. Riso, resmungo, estalos, gritos são sons produzidos bem cedo. Quando a criança começa a produzir seqüências de sons, p.ex., babababa, mamamama, é chamado balbucio. No início do balbucio, a criança parece gostar das sensações dos sons, e logo começa a aproximar suas emissões aos sons de sua língua nativa. À medida que cresce, a criança começa a produzir mini-conversações usando jargão. Isto demonstra entendimento do ritmo e inflexões da linguagem; ela conhece a melodia da linguagem, mas ainda precisa aprender as palavras. Este é o último estágio pré-verbal. Significa que a criança está quase pronta para usar palavras faladas.


SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO TRANSICIONAL: a criança com SD está pronta para comunicar antes de ser capaz de falar. Algumas crianças dominam linguagem pragmática e os pré-requisitos da linguagem e estão prontas para usar linguagem para comunicar, 2-3 anos antes de estarem prontas para falar. Fala é o mais complexo sistema de comunicação porque depende de força muscular e coordenação, e aprimorados movimentos dos órgãos fono-articulatórios. Sistemas de comunicação transicional capacitam a criança a comunicar antes que seja capaz de usar a fala. Isto evita a frustração e permite à criança continuar progredindo em seu desenvolvimento do vocabulário e outras áreas da linguagem enquanto ainda não está fisiológica e maturacionalmente pronta para usar a fala (Kumin,1994).
O sistema de comunicação transicional mais comumente usado é a Comunicação Total, na qual fala e sinais* são usados simultaneamente pelo interlocutor adulto, enquanto a criança usa linguagem de sinais para se comunicar. “Signed Exact English”, uma linguagem na qual os sinais são basicamente uma tradução do inglês, “American Sign Language”, a qual tem sua própria ordem gramatical e de palavras, são os sistemas de linguagem mais empregados.Placas (pranchas) comunicativas com figuras, palavras ou símbolos também podem ser usados. Para crianças que têm muito para comunicar, mas têm dificuldade em aprender linguagem de sinais, um sistema informatizado de comunicação que usa fala sintetizada, pode ser utilizado. Estes sistemas de comunicação transicional não são necessariamente excludentes. A criança pode estar usando sinais para “suco”, mas também usa ímãs com figuras de suco de uva e maçã na porta da geladeira para indicar o suco que deseja.
O importante é que, seja qual for o sistema de transição aplicado, os conceitos de linguagem ensinados sejam significativos para a criança, aqueles conceitos que ela realmente quer comunicar. O sistema deve ser funcional para a criança poder expressar seus desejos e necessidades. Desse modo, o sistema de comunicação transicional diminui consideravelmente a frustração sentida pela criança quando não consegue se comunicar com seu ambiente.
Estudos têm demonstrado que o uso de linguagem de sinais ajuda a criança a aumentar seu vocabulário e a desenvolver a linguagem (Acredolo e Goodwyn,1996). Crianças com SD com 8-12 meses podem aprender sinais e a usar a linguagem de sinais.




N.T.: a palavra “signs” pode ser traduzida tanto como sinais como também gestos. Não fica claro a qual deles ela se refere no texto.

CONCLUSÃO: o programa de intervenção precoce pode desenvolver os pré-requisitos para fala e linguagem. Uma lista das habilidades que podem ser incluídas na intervenção precoce para fala e linguagem é apresentada abaixo. Intervenção precoce pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades sensoriais (input), habilidades associativas e habilidades oro-motoras (output) que vão formar as bases da fala, e habilidades cognitivas e de experiências de aprendizagem que vão formar as bases da linguagem.

I.
A. Intenção comunicativa
B. Turnos comunicativos
C. Comprometer-se
D. Requisitar
E. Protestar
F. Comunicação social

II. Habilidades de Integração sensorial
A.Habilidades visuais
B.Habilidades auditivas
C.Habilidades táteis
D.Habilidades de imitação
E.Habilidades motoras

III. Habilidades Cognitivas/lingüísticas
A.Permanência do objeto
B.Causa e efeito
C.Conhecimento referencial

IV. Habilidades pré-verbais
A.Respiração
B.Alimentação
C.Habilidades táteis
D.Habilidades de imitação
E.Habilidades oro-motoras
F.Habilidades de planejamento motor
G.Habilidades de produção de sons

V.Necessidade de sistemas transicionais/tecnologia “assistive”
A. Linguagem de sinais
B. Pranchas de comunicação
C. Sistemas de comunicação de alta-tecnologia
D. Aparelhos auditivos
E. Outros

VI. Encaminhamentos necessários
Oftalmologista
Nutricionista
Esp. Integração sensorial
Educador especial
Pediatra
Fisioterapeuta
Otorrinolaringologista
Audiologista
Fisiologista
Terapeuta Ocupacional
Neurologista
Outros

quarta-feira, 17 de março de 2010

Educação Infantil

"A inclusão escolar começa na alma do professor, contagia seus sonhos e amplia seus ideais. A utopia pode ter muitos defeitos, mas pelo menos, uma virtude tem: ela nos faz caminhar."

Eugênio Cunha - Autismo e Inclusão - Psicopedagogia e práticas educativas na escola e na familia.






Repassando!

Educar e o caminho mais certo para um futuro melhor.
Renata Araujo.


Não existe educação inclusiva
Questionado sobre a existência de algum bom curso de especialização em educação inclusiva fui obrigado a responder ao meu interlocutor que não conhecia nenhum, mesmo porque eu não acreditava na existência de nenhum curso sobre esse assunto.

Diante da surpresa da pessoa à essa minha afirmação expliquei que o mercado está cheio de cursos que se batizaram com esse título, mas nenhum deles é um curso de educação inclusiva, são cursos para a integração de pessoas com deficiência na escola regular. Não estão preocupados em como tornar a escola um local de qualidade para todos mas, apenas e tão somente, querendo preparar pessoas para receber alunos com deficiência.

E se estamos falando de inserção de um grupo específico de pessoas isso não é inclusão.

Também não se trata de inclusão quando esses cursos focam parte do seu currículo nas características fisiológicas das deficiências. Como se para um professor fizesse alguma diferença saber se a cegueira do seu aluno foi provocada por glaucoma, diabetes ou por algum acidente.

E, mesmo se fizesse, nem por isso duas pessoas cegas pelas mesmas causas poderiam ser educadas da mesma forma. As pessoas com deficiência não são pacotes homogêneos de acordo a deficiência que possuem.

O modelo deficitário ressaltado nesses cursos leva as pessoas que o fazem a acreditar que especialistas médicos vão resolver o problema da educação. Isso apenas reforça a idéia de que é o aluno com deficiência é que precisa se preparar para ser aceito na escola. Se fosse inclusão estariam discutindo o que a escola precisa fazer para atender todos os alunos.

Nenhum desses cursos deixa de falar em legislação, pena que sejam apenas os artigos das leis que garantem a educação para as pessoas com deficiência, deveriam estar lendo a LDB inteira e não só um pedaço. Aí sim descobririam que avaliação é algo decidido pela escola e que ninguém é obrigado a dar prova em 50 minutos e notas de 0 a 10.

Um curso que ensine seus alunos a respeito de como educar todas as crianças. Um curso que ensine a explorar o potencial de cada uma. Um curso que fale de escolas que atendam, com qualidade todo mundo. Um curso que ensine as leis e diretrizes da educação do país. Isso sim seria um curso inclusivo.

Para não deixar a pessoa que me questionava na mão, fui ver se descobria algum curso com esse perfil. E descobri. Atende pelo nome de pedagogia.

Educação inclusiva não é uma modalidade de ensino é a própria educação. Não é uma especialidade, se for, deixa de ser inclusiva.

Precisamos de escolas que preparem os professores a serem educadores de todos? Claro que sim. As nossas faculdades de pedagogia hoje preparam seus alunos para serem educadores dos alunos "médios", uma aberração estatística inexistente na vida real. Precisamos de pedagogos que estejam preparados para educar pessoas. Todas as pessoas.

Quando a formação dos professores for inclusiva ninguém vai precisar correr atrás de pseudo-especializaçõ es.

O que todos nós precisamos mesmo é de boa educação.

Descrição da imagem: desenho de adultos e crianças formando uma roda. São pessoas de várias etnias, cores, religião e condição física.
Postado por Fábio Adiron às 21:08 2 comentários Links para esta postagem
Marcadores: educação, escola, inclusão, mitos

quinta-feira, 11 de março de 2010

O que é autismo?

O que é o AUTISMO?


Autismo é uma complexa desordem neurobiológica que tipicamente dura a vida inteira ( tipicamente porque tem sido relatados casos com tratamentos intensivos em que algumas crianças conseguiram sair do espectro). É parte de um grupo de desordens conhecido como Desordens do Espectro Autista. As outras quatro desordens do espectro são: a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Rett (conforme novas informações do VII Congresso Brasileiro de Autismo, esta síndrome já está sendo retirada do espectro por apresentar características muito próprias), a Desordem Invasiva do Desenvolvimento e a Disordem Desintegrativa da Infância. O Autismo acontece em todas as raças, etnias e grupos sociais e é quatro vezes mais comum em meninos do que meninas. Hoje, 1 em cada 166 indivíduos é diagnosticado com autismo nos EUA, tornando essa desordem mais comum do que o câncer infantil, a diabetes e a AIDS reunidos.

Embora não se conheça ao certo as origens, sabe-se que a predisposição genética aliada a fatores ambientais, é o gatilho para o aparecimento dos sintomas.

Os sintomas podem variar dos muito leves aos muito severos com comprometimentos na socialização, comunicação e imaginação (interesses), desde o retardo mental severo à inteligência normal com habilidades muito acima do normal em algumas áreas.

Os distúrbios na área da sociabilidade incluem prejuízos nos comportamentos não verbais, na interação social (ausência ou diminuição do contato ocular, gestos, expressões faciais e sinais convencionais expressivos de desejo ou emoções), impossibilidade de desenvolvimento de relações sociais apropriadas especialmente com indivíduos da mesma idade, inabilidade em compartilhar interesses e satisfação com os outros e falha na reciprocidade social emocinal.

Na área da comunicação os prejuízos incluem atraso ou ausência da fala e inadequação da linguagem. Crianças autistas podem verbalizar, mas não utilizar a fala para se comunicar. A ecolalia, isto é, repetição imediata ou tardia de sons e discursos ouvidos, é uma manifestação muito comum, assim como a utilização de frases de músicas ou comerciais utilizadas no contexto exato para se comunicar. Nos indivíduos verbais falta a habilidade de iniciar ou manter uma conversa. Com frequência a linguagem apresenta-se repetitiva e esteriotipada. As brincadeiras imaginativas e atividades sociais são restritivas ou até mesmo ausentes.

Na categoria interesses e atividades, tem-se um comportamento esteriotipado, incluindo rituais, rotinas não funcionais, maneirismos motores (dedos/mãos, "flapping" ou movimentos com o corpo) e preocupações com partes dos objetos (rodinhas, mecanismos, olhos de boneca).

http://sites.google.com/site/autismoemfoco/

Minha vida de professora com um autista

Quando comecei a trabalhar como professora em minha sala de aula (ed.Infantil III) havia um menino lindo, que sabia ler corretamente e chamava a atenção por ser tão esperto em seus 4 anos. Ele se apresentava com um menino muito inteligente e esperto, chamado D. Comecei a perceber que apesar de saber ler corretamente, ele não interagia com os amigos, em alguns momentos de mudança de rotina ele ficava nervoso e corria pela escola, tirava toda sua roupa,gritava, se sacudia e necessitava de um banho para voltar a normallidade. Minha nossa! o que é isso? Nós professores temos em noss grade curricular de pedagogia aulas de Educação Especial , onde falamos e discutimos sobre algumas sindromes, deficiências, mas na realidade não estamos preparadas para entrar em sala de aula.E o que fazer com a inclusão? Começei minha pesquisa, procurando entender o meu querido D, busquei em sua ficha o que ele tinha, com a coordenação, direção e acabei descobrido que meu menino era autista ou seja possuia algo que os terapeutas chamam de sindrome de Asperger.
Foi aí, que começei a pesquisar sobre autismo, o que era ? como tratar? com lidar com esses anjos especiais? e o ano trascorria e ele não deenhava nada, como podia? lia, mas não desenhava, não escrevia. Começei a buscar com a família , objetos de interesse dele, e descobri que meu pequeno amava a turma da Mônica , descrevia todos os personagens e conhecia até aqueles menos divulgados. Nas aulas de informática não podia deixar de dar um minuto de atenção a ele, era deixar e ele entrava no site da Mônica. E foi através da Turma da Mônica ou seja de seu objeto de desejo que trouxe D para mim e para a turma. Fiz com que ele lesse para todos, estimulei os outros a quererem ler como D, e a apartir daí foi fácil lidar como suas crises, seus pedidos de desculpa, seus momentos de fuga.
Sua escrita passou a ser letra de imprensa e suas terapeutas me ajudaram muito , tanto quanto sua família, que compareciam o tempo todo. Esta troca favorecia meu crescimento e o dele.
Todas as vezes que eu planejava algo novo, ligava para a mãe dele e preparavamos juntas o outro dia, assim foi ficando fácil lidar com D. Em caso de falta, tinha que ligar a noite e solicitar a sua mãe que o preparasse, asssim fomos lidando com as novidades e seus stresses. D Também não suportava ouvir a música PARABÉNS PARA VOCÊ NESTA DATA..., nunca teve uma festa de aniversário em função disto, sua mãe até tentou mais foi um desastre.
O ano acabou , mas D, ficou na escola agora com outra professora, que volta e meia vinha me buscar para lidar com D, começou a cópiar do quadro e foi evoluindo,vez ou outra ainda daa uns surtos, mas foi passando para o 1ºano,2º,3º4º e 5º ano, acostumou com os aniversários na escola, passou a cantar parabéns... Tevê sua primeira festa, e hoje com 12 anos saiu da escola aprovado com louvor, passou para o 6º ano e agora vivo a me perguntar como estará meu pequeno, hoje grande D.
E foi por causa de D que abrimos a escola definitivamente para a inclusão, fui estudar mais, fiz psicopedagogia, me especializei em Dificuldades de Aprendizagem e hoje nossa escola agrega crianças com Down, com Asperger, Autistas, sindrome de Wester e eu continuo a buscar uma forma de faciltar a vida e o aprendizado destes anjos esquecidos aqui na nesta terra. Através do afeto posso abrir meu coração e me deixar levar ao mundo deles, taõ lindo, taõ simples, taõ diferente do nosso e que tantas vezes queremos para nossa vida algo assim. Quantas vezes me vejo fugindo dos problemas do dia - a - dia e me deixando levar como eles, numa nuvem branca, onde podemos construir o que desejamos. No ano seguinte recebemos mais três crianças e hoje temos pelo menos 8, o importante que as famílias reconhecem o nosso esforço e é assim que alcançamos o sucesso da integração social destas crianças.

Terapia Sensorial

A criança com disfunção Integrativa Sensorial(DIS) não pode se adaptar eficientemente, suavemente e satisfatoriamente a um ambiente normal, porque como já observamos somos feito de sentidos e se seu cérebro não se desenvolveu nestes sentidos, ela necessita de um ambiente que realmente produza o efeito necessário de estimulo para que o SNC, faça uma conexão com este aprendizado favorecendo assim a organização desta criança.
Nos últimos 15 anos, neurocientistas mostram que a integração com o ambiente realmente melhora a estrutura, a químic e a função do cérebro. Os pioneiros neste tipo de pesquisa foram Dr. Mark Rosenzweig, citado por Ayres(1995), e seus associados na Universidade da Califórnia em Beerkeley. (Trecho extraído do artigo Terapia de Integração Sensorial)

quarta-feira, 10 de março de 2010

O que pode ser feito?

Para crianças com dificuldades sensoriais o brincar é a melhor forma de desenvolver a integração sensorial. Ao se movimentar a criança aprende sobre os limites do seu corpo dentro do espaço que a rodeia. Ao segurar objetos, manusear, aprende a destinguir,peso, textura,gosto, cor, e força que vai precisar para segurar o objeto de desejo. Todas essas informações são recebidas por seu cérebro que organiza e armazena estas informações, possibilitando que esta criança aprenda cada vez mais sobre o mundo que a cerca.
Hoje nas escolas e na vida diária podemos perceber que as brincadeiras que fizeram parte da nossa infância não são mais praticadas. As crianças atuais estão confinadas em espaços cada vez menores, sem oportunidades de exploração, que tanto desenvolvem o cérebro e facilitam a aprendizagem.
Em sala de aula temos hoje crianças que não sabem compartilhar experiências e não sabem canalizar energias para organizar seus espaços, tornando-se assim mais passivas, produzindo muitas das vezes dificuldades de aprendizagem, problemas de auto-estima, relacionamento social e hiperatividade.
Então o que fazer?
Procurar motivar as crianças ao brincar, através de ambiente sensorial enriquecido, de forma a levar a criança a perceber melhor o mundo ao seu redor, desta forma pode-se desenvolver melhor a integração sensorial e a mesma vir a produzir de acordo com seu potencial intelectual.

Alguns sinais de problemas na integração sensorial.
1- Falta de força e tônus muscular, o que pode resultar em má postura e fadiga.
2- Má consciênica espacial e desenvolvimento pobre da pecepção de posição, resultando em insegurança durante os movimentos.
3- Falta de coordenação entre os olhos e o corpo, de modo que há uso ineficaz de informação visual para auxiliar no desempenho de ações.
5- Atenção de curta duração. A criança geralmente tem dificuldades em focalizar nas tarefas que precisa fazer.
6- Lentidão ao desempenhar ou aprender tarefas motoras novas, uma vez que precisa pensar sobre cada movimento que faz. Desejeitada, bate nas coisas ou cai muito parecendo não ver obstáculos no caminho.
7- Comportamento hepertivo; a dificuldade em concentração faz com que perceba todas as coisas ao mesmo tempo e não consiga se concentrar em uma só.
8- Sentido tátil mal desenvolvido,fazendo com que não goste de ser tocada, tenha difculdade em apender sobre a forma e textura das coisas. Por outro lado, pode não perceber seu espaço pessoal e toca demais as pessoas, chegando perto demais.
9- Criança extremamente dificil para se alimentar: só come comidas com um certo tipo de textura, ou na mesma temperatura.
10- Apresenta medo excessivo, isola-se.
11- Dificuldade em graduar a força que precisa para manipular objetos ou tocar pessoas.
12- Problemas em usar e entender linguagem, resultando em problemas na fala, leitura e escrita. Problemas na articulação da fala sem razão aparente.

Essas dificuldades tendem a aparecer tanto em casa quanto na escola. Podem não se relacionar bem com os companheiros ou ter de fazer um esforço muito grande para estarem ali juntos que não se divertem. Nem todos os sinais precisam estar juntos e geralmente não estão presentes ao mesmo tempo. A intensidade com que aparecem e o número de vezes que elas se apresentam é que vão determinar o quanto vão interferir nas habilidades de aprendizagem destas crianças.

Você já ouviu falar em Educação Sensorial?

"... a um universo repleto de palavras e significados que talvez não façam parte do seu dia-a-dia, mas com toda certeza etão lá, impressos nas suas ações e colados à sua rotina, e cujo resultado positivo você observa intuitamente, embora muitas vezes não cpmpreenda o motivo." (trecho do livro O Processamento Sensorial como ferramenta para educadores: facilitando o processo de aprendizagem- Aline Rodrigues Bueno Momo, Claudia Silvestre e Zodja Graciani,ed. artividade)
E foi lendo este maravilhoso livro que descobri algo que como educadora já praticava em sala de aula, mas que ainda não havia me dado conta que usamos nossas rotinas diárias,como facilitadoras de aprendizagem.
Usamos o que o livro chama de Organização Sensorial do Ambiente, ou seja quando solicitamos que um aluno mais alvorosado saia de sala para beber água estamos dando a ele a oportunidade de se orgnizar e voltar mais tranquilo ao ambiente escolar. Quantas vezes nós educadores solicitamos que as crinaçs entrem na fila para entrar ou sair de algum ambiente. Desta forma também estamos utilizando a Integração Sensorial.

Então o que é Integração Sensorial?

A abordagem de Integração Sensorial foi desenvolvida, na década de 1970, pela Terapeuta Ocupacional Dra. A. Jean Ayres (1972,1979,1982), que fundamentou o método a partir do funciionamento nervoso central (SNC) e da forma como recebe e organiza a variedade de informações sensoriais provinientes do meio ambiente.

O cérebro humano recebe diariamente grande quantidade de informação através dos sentidos, e é através deles que a criança aprende a se mover, equilibra-se e relacionar-se como o mundo que a cerca. O cérebro organiza as informações recebidas e esse processo é chamado de integração sensorial.
Durante anos o cérebro humano tem sido considerado como um computador e como tal depende das informações que recebe do ambiente através dos sentidos,ou seja, visão, audiçao, tato e gustação,também precisa compreender sobre os conceitos de gravidade e movimento. Assim,o cérebro orgniza todas estas sensações e forma um plano de ação.
Quando criança não recebe informações sensoriais importantes, pode não estar recebendo o "alimento" que o cérebro precisa para o processo de aprendizagem. As vezes achamos que as crianças com dificuldades de aprendizagem tem algo mais sério, qusndo na realidade podem apena apresenar uma dificuldade no processo sensorial.

Como aprendemos ?

Tudo a nossa volta fazem parte do nosso dia- a - dia, mas nunca prestamos a atenção que é desta forma que aprendemos.
E esta ferramenta pode ser usada como facilitadora da aprendizagem.